Polícia Civil detalha assassinato cometido pelo marido contra a esposa em Marechal Rondon

Delegada Yasmin Espicalsky (Foto: Reprodução/Instagram)

Uma mulher foi morte a tiros pelo marido na frente dos quatro filhos em Marechal Cândido Rondon, afirmou a delegada de Polícia Civil, Yasmin Espicalsky. O crime foi na manhã de sexta-feira (22).

“Todos presenciaram a cena de crime. […] Eles teriam tentado conversar com a mãe, porque ela teria tido uma crise de ciúmes. Pediram para ela largar a faca e ela largou, e se dirigiu a cozinha e nesse momento a pessoa [o suspeito] teria dado os tiros com a arma de fogo”, explicou a delegada.

Após o crime, o suspeito ainda teria corrido atrás de três filhos da vítima – que são frutos de outros relacionamentos dela – com a arma em punho. O mais velho é maior de idade, segundo a polícia. As idades não foram informadas.

No momento em que a polícia chegou ao local, o homem estava no carro com o filho mais novo da vítima – de seis meses – e fruto do relacionamento com ele, e saindo do local. Ele não apresentou resistência e no bolso da bermuda dele estava a arma usada no crime.

Motivação do crime
Para a polícia, o suspeito afirmou que a esposa viu algumas mensagens no celular dele de uma traição que teria ocorrido. O homem afirmou, no entanto, que os dois estavam há algum tempo terminando e na sequência reatando o relacionamento e que após as mensagens, ela pegou uma faca e o ameaçou.

A mulher largou a arma após pedido dos filhos e foi para a cozinha, momento em que o homem foi ao quarto e pegou a arma, efetuando dois disparos contra a mulher enquanto ela estava em pé e mais um tiro quando ela tocou o chão, segundo a delegada Yasmin.

Ele foi preso por suspeita de feminicídio, porte ilegal de arma de fogo e ameaça contra as crianças.

A delegada afirma que foi uma situação de ciúmes, mas que a mulher já havia largado a faca e que a atitude não se justifica. Segundo a delegada, a mulher fez um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o marido no início deste ano por ameaça. A vítima, no entanto, não quis medida protetiva

“Essas pessoas que são agressivas, é um ciclo, ele vai continuar, perpetuar, a pessoa que ameaça uma vez, que bate uma vez, ela não se torna uma pessoa melhor, porque se ela já deu esse primeiro passo, ela vai continuar”.